“Se matamos uma pessoa somos assassinos. Se matamos milhões de homens, celebram-nos como heróis " – Charles Chaplin

Sociedade secreta

Coincidência ou Fato?

Ao digitar www.itanimulli.com (Illuminati ao contrario) você é redirecionado para o site da National Security Agency.

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Foi um post breve pessoal, mas estamos voltando a ativa, abraço até mais.

Janderson Shift.


Moloch

Moloch era um antigo deus dos fenícios. Construído de bronze, a imensa estátua continha, no bojo, uma enorme fornalha. Em honra dessa divindade implacável, as próprias mães imolavam seus filhos pequeninos.

Elas atiravam dentro do monstro de metal, os filhos primogênitos, os quais rolavam para dentro do abdômen incandescente de Moloch, sendo então devorados pelas chamas. Para não provocar arrepios nos assistentes, os iníquos sacerdotes de Moloch tomavam o cuidado de mandar soar trombetas e rufar tambores, abafando assim, no ruído de uma música infernal, o gemido dos pobres inocentes.

A Fenícia pagã desapareceu na História. E com o desaparecimento da Fenícia, acabaram-se os terríveis sacrifícios.

Acabaram mesmo?

 

 

Valeu galera até mais posts… Paulo Rick


Mudvayne

Poucos conhecem a Banda de metal alternativo Mudvayne, e quem conhece provavelmente gosta por causa de sua sonoridade e visual agressivo ao máximo, mas há algo que me fascina nessa banda além desses fatores.  Pra iniciar o nome da banda “Mudvayne” veio de um sonho que o vocalista Chad Gray teve em que ele foi abduzido por extraterrestres e lá lhe deram uma senha, senha esta que hoje é o nome da banda. Ótimas letras e vídeo clips, há certo mistério sobre a banda, pouco se sabe sobre seus integrantes, os assuntos abordados pela banda é de grande inteligência, esoterismo, ocultismo, alquimia, kabbalah, astrologia, biologia, história, física, química e matemática , uma eterna busca de saber o que você realmente é, o que te faz matar, o que te faz amar. O baterista Matt é membro da Golden Dawn, o vocalista Chad, tem uma grande curiosidade sobre óvnis extraterrestres etc, e vemos isso em suas letras e maquiagens. Mudvayne é uma banda polemica e contraditória ao governo e qualquer forma de manipulação em massa.

Análise de algumas músicas.

álbum The End Of All Things To Come ‘ encontramos em algumas músicas várias menções a Golden Dawn .

‘The place you would go and try to escape
Children, learning the secret knock, a nickel
To enter that place’

Tradução — O lugar que você deveria ir e tentar escapar
Crianças aprendendo o Toque Secreto, um níquel para se entrar naquele lugar.

E lembrando que a capa do Álbum é um símbolo usado em rituais.

Scrying: Album ‘The End Of All Things To Come.

Scrying é o uso de magia ou habilidades psíquicas para ver as coisas que estão ocultas para outra pessoa.
Por exemplo quando um vidente(ou algo do tipo) esta olhando em uma bola de cristal, em inglês se fala que ele esta Scrying
No caso da música ele vê na água uma coisa que outra pessoa não pode ver!

podemos ouvir no trecho da skrying :

“skrying through refections in a pool
i see death coming, mowing down
do you remember, the bedroom
Was it your cell or was it your tomb”

traduçãoSkrying através de reflexões em uma piscina
Eu vejo a morte chegando, derrubando
você se lembra, o quarto
Era o seu cubículo ou foi o seu túmulo

Skrying é um objeto para obter informações não disponíveis normalmente. Os métodos comuns incluem espelhos, pedras, cristais bolas, piscinas de água, tinta ou sangue, fogo, e etc.

Mercy Severity: Album the end of all things to come

“Mother of creation wait
embrace the souls of the lost world and carry them away
Portal sits deep within the eye,
The eye of yin’s severity,
Rewards understanding
Portal sits deep within the eye,
The eye of yin’s severity,
Rewards understanding”

Tradução

“Abraçar as almas de um mundo perdido e levá-los embora

Portal senta no fundo do olho,
O olho da gravidade do yin,
Recompensas compreensão
Portal senta no fundo do olho,
O olho da gravidade do yin,
Recompensas compreensão”

Esse yin no caso seria menção ao yin/yang
da cultura oriental…

A “Mercy, Severity”, tem uma série de referências orientais: o Yin do Yin e Yang taoísta, e a linha de “Mãe da destruição espera / Com um cinto de caveiras me prende pra baixo” pode estar se referindo à deusa hindu Kali.

Solve et coagula: Album The end of all things to come

O nome “Solve et Coagula” vêm das palavras em latim que aparecem nos braços do mitológico demônio Baphomet. A imagem de Baphomet também indica o equilíbrio, o Yin Yang, veja que ele aponta a mão direita para uma lua branca, e a mão esquerda para uma lua preta


Cada música do The End Of All Things To Come tem um símbolo zodíaco:

* Áries – “The End of All Things to Come”
* Touro – “Trapped in the Wake of a Dream”
* Gêmeos – “Shadow of a Man”
* Câncer – “World So Cold”
* Leão – “Not Falling”
* Virgem – “The Patient Mental”
* Libra – “Silenced”
* Scorpião – “Skrying”
* Sagitário – “Solve et Coagula”
* Capricórnio – “(Per)version of a Truth”
* Aquários – “Mercy, Severity”
* Peixes – “A Key to Nothing”

Todas, exceto a 12:97:24:99. No encarte do CD, em vez de ter um símbolo zodíaco, tem a capa do álbum como símbolo, isso talvez represente o conceito de não dualidade da escola de filosofia Hindu ‘Advaita-Vedanta’, que diz que ‘A verdade somente pode ser descoberta através do silêncio’. Essa música na verdade não representa nada, ou representa algo além de todas as definições. As letras dessa música estão em hebreu.
O álbum tem fortes influências da filosofia Hindu e Budista. Mais forte é o tema da natureza do nada, que é parecido com a crença Hindu e budista que o mundo material é uma ilusão. Também tem o ciclo natural do tempo, renascimento e a presente destruição. A música ‘Mercy, Severity’ em particular, tem um número de referencias orientais, o Yin de Daoist Yin e Ya

Obs: não sei se vocês lembram-se do novo signo do zodíaco que os astrônomos dizem existir, as noticias sobre ele começaram no inicio desse ano 2011, e esse álbum do Mudvayne é de 2002, quem gosta de conspiração vai relacionar fácil a isso que vou dizer agora, a capa do Album é uma pirâmide e observando  a pirâmide maya de um certo ponto e horário especifico, se não me engano é quase quando o sol esta se pondo, feita pela sombra da pirâmide vemos uma  serpente e o nome do novo signo é Serpentário, agora fica o silêncio pra vocês refletirem sobre…..

Monolith: Album L.D 50

As palavras faladas em “Monolith” são de Terence McKenna, um famoso pesquisador de alucinógenos, explicando a sua teoria de que os símios (macacos) evoluíram para seres humanos através do consumo de cogumelos alucinógenos.

(k)Now F(orever): Album L.D 50

‘Do what you will make it the whole of your law’

Tradução — ‘faça o que deseja, faça isso toda sua lei’
é uma das regras do Thelema. A religião fundada por Crowley.

Curiosidades:

O inicio da musica Beautiful And Strange do álbum Self-titled, pode se ouvir no Filme The shining (O iluminado)

O termo All work and no play makes me a dull boy que vemos na música Dull boy, também veio do filme The Shining, não irei falar detalhes pra não estragar o filme.

O Baterista tem uma tatuagem da Golden Dawn no peito esquerdo

Mais um post terminando por aqui, e até o próximo.

Pesquisa e edição: Janderson Shift.


O lado negro da Maçonaria (Parte 2)

E ai galera, dando continuação a Matéria “ O lado negro da maçonaria “ essa é a segunda parte, quem não acompanhou aconselho a ler a primeira parte clikando aqui. Sem delongas vamos a segunda parte de O lado negro da maçonaria.

Continuando sobre a forma dos rituais, outro ritual parecido com o anterior citado é que todo maçom coloca seu dedão em sua garganta e faz o juramento de sangue para não revelar os segredos da maçonaria ou terá sua garganta cortada esse juramento pagão,

serve para eles não revelarem os segredos de acordo com o seu progresso na loja, passando pelos graus, a maioria dos homens irão entrar no rito escocês e progredir até o 32º grau, e em cada um desses graus eles irão adorar Deuses diferentes deuses egípcios, deuses da persa, deuses gregos, e eles camuflam isso com símbolos alegorias, como se fosse um teatro,  para que os Maçons iniciantes não entendam inteiramente o sentido daquilo, na loja azul, o principiante é iniciado para a trindade egípcia de mistérios antigos do Egito, e ao mesmo tempo  a trindade egípcia é escondida por símbolos etc, sendo assim o principiante não sabe o por que da importância da trindade, e acaba sendo algo inútil no inicio, mas se eles lerem os livros que explicam os símbolos fica tudo óbvio  saber no que eles estão envolvidos, eles estão envolvidos em adoração pagã, muitos dos livros se baseiam na cabala que é o livro de ocultismo do Egito.

O paganismo era e é uma religião da natureza seus rituais eram desenvolvidos ao redor das fases da lua e nas estações do ano etc, então há uma dualidade, sol e lua, luz e escuridão, ativo e passivo, macho e fêmea, o paganismo desenvolve direitos de fertilidade baseada sobre o ato sexual , mas especificamente orgãos reprodutores sexuais, esta é uma das razões para o maçom quando entra na loja usa um avental de pelica branco, eles usam o avental como uma cobertura no que eles realmente acreditam, no principio gerador da vida, como também seu mais conhecido símbolo que é o compasso e o esquadro, que o esquadro representa o feminino e o compasso é o masculino sobre o feminino que está fertilizando a fêmea sendo assim o principio da vida, o orgão masculino é a imortalidade da vida, quando eles falam de imortalidade, eles falam sobre a recriação da vida através do ato sexual, falando de símbolos não podemos esquecer o obelisco, o obelisco é um pilar de pedra alta com base quadrada  e com o topo de pirâmide, e era usado pelos egípcios como símbolo de ressurreição a ideia era um símbolo fálico faraônico ficava erguido e ereto como símbolo de procriação onde a pessoa era ressuscitada através de seus descendentes este era o argumento usado naquela época, e o mesmo se repete hoje por exemplo onde há um maçom enterrado com frequência há um obelisco usado para marcar o túmulo por exemplo George Washington tinha obelisco em seu túmulo algumas vezes no obelisco existe o esquadro e o compasso para afirmar com toda certeza de onde eles tinham vindo.

Parece incrível que maçonaria esse sistema de moralidade e formadores de bons homens possa ser realmente paganismo não é ?

Então iremos para mais um fato, o ponto dentro do circulo é um dos símbolos mais eminentes o grão mestre Albert Pike ensina no livro O simbolismo da maçonaria, página 353.

“O ponto dentro do circulo é derivado da adoração ao sol que é na realidade de origem fálica é um símbolo do universo sol representado pelo ponto e o circulo o universo”

Em o manual da loja página 56,Albert  Mackey disse.

“O fálico era a imaginação do orgão gerador masculino era representado geralmente por uma coluna que na sua base era rodeada por um circulo, o ponto dentro do circulo foi intencionado pelos antigos como uma espécie de poder falico da natureza do qual eles adoravam de uma forma única do ativo ou principio macho e o do passivo ou principio da femea”

O paganismo reconhecia e adorava esses poderes como a força criativa na  natureza Albert Pike era Grã comandando do rito escocês em 1800, do seu livro morais e dogmas.

“O sol  e a lua representa os dois grandes princípios de toda geração, o ativo e  o passivo, o macho e a fêmea, ambos brilham sua luz sobre seus descendentes, a estrela brilhante ou Hórus”

Essas autoridades da maçonaria concordavam que o simbolismo da maçonaria era ocultista e derivado do paganismo.

A bruxaria é a religião do paganismo, a adoração do Deus sol e da Deusa  lua em várias formas, os relatos de bruxos e de maçons são muito similares, ritual de iniciação, símbolos etc.

então é isso galera mais um post terminando por aqui, lembrando que esses textos são baseados em documentários e textos, não é a nossa opinião, queremos apenas divulgar a semelhança que pode ser proposital ou não, mas que é intrigante isso é.

irá haver mais umas duas partes sobre esse tema, para terminar a matéria então se preparem, pois o assunto é interessante, até o próximo post abraço.

Pesquisa e texto: Janderson Shift


O lado negro da Maçonaria (Parte 1)

Como disse no post anterior “A Maçonaria” iria postar outro com o Lado Negro dessa Sociedade eis o Post.

Com base em textos e em documentários, fiz essa pesquisa para tentar exprimir da melhor forma possível, os conceitos dados para essa afirmação.

Como todos sabem, desde o inicio dos tempos tivemos que viver em sociedade, com várias diferenças entre elas, Econômica, cultural, étnico etc. Mas escondido, de um mero observador ou curioso existe outra sociedade separada, que passa despercebido de nossos olhos desatentos, uma sociedade cheia de segredos ditando suas próprias leis, esse é o Mundo da Maçonaria. A maçonaria se auto define como sistema de moralidade e em sua base onde todos os maçons iniciados têm que passar é a loja Azul, na loja azul se inicia os Três primeiros graus da Maçonaria, o Aprendiz é o primeiro grau, o Companheiro e o 2° Grau e o Mestre Maçon é o 3° Grau, Muitos dos maçons nunca passam do 3° Grau, Se por acaso alguém quiser passar, tem dois caminhos a ser passado, um é o Rito de York e o outro é o rito escocês a Maioria entra no Rito escocês, o Rito Escocês tem 32 Graus e o 32° Pode conduzi-lo para o santuário o 33° grau é altamente honorário. Agora vamos tentar entender um pouco a Maçonaria moderna através da Historia, havia muitos pensadores humanistas em 1500 que viam a corrupção na igreja, e eles concluíram que para se livrar daquela corrupção teria que haver uma “nova ordem mundial“ ele haviam lido a Republica de Pilatos que em 1500 era uma obra popular e Pilatos era um grande filosofo que viveu no quinto século antes de Cristo e ele disse “se nós pudéssemos ter um grupo de homens sábios que fossem bem pagos para governar o povo aí sim haveria corrupção” um bom pensamento, o nosso governo é corrupto, mas entre tantos homens ruins há homens bons, era isso que os pensadores se perguntavam em 1500, para fazer essa “nova ordem mundial” ele precisam descobrir a nova ordem mundial existente e essa ordem estava baseada no poder do Reinado de Deus pelo Rei e pela igreja para sugerir outra ordem seria uma heresia naquela época e tinham perdido suas cabeças literalmente, e daí eles tiveram que formar uma sociedade secreta, falando nos Maçons da época eles era do artesanato maçônico, foram eles que construíram as catedrais isso foi uma das formas de união dos trabalhadores eles queriam manter para si seus segredos e habilidades, os pensadores humanistas ser infiltraram dentro das lojas de artesanato maçônico e então eles se tornaram os maçons especulativos, eles era chamados assim pelos Maçons artesanais por que eles não saberiam diferenciar um esquadro de um compasso eles eram apenas os humanistas os idealistas os acadêmicos então existem dentro das lojas maçônicas dois tipos de maçons o Maçon artesanal que é o Maçon genuíno que cortava pedra etc, e o Maçon especulativo e é este o pensador humanista, este é aquele que pretende reconstruir a nova ordem mundial. A loja foi formada em 1717 na Inglaterra e muitas coisas foram desenvolvidas depois disso então veio para America e Canadá quando as pessoas migravam para a America do norte durante aqueles anos. Com o passar dos séculos o homem tem desenvolvido crenças e tradições Algumas dessas como cristianismo e judaísmo são monoteísta ou seja são baseadas no conceito de um só Deus, outras como o Hinduísmo são politeísta acreditando em vários Deuses e Deusas. Uma religião mais antiga e talvez a mais universal, emergiu praticamente intocada e geograficamente separada em culturas diferentes essa religião é o paganismo a adoração da Deusa lua e do Deus sol que também eram chamados de Apolo e Diana ou mesmo vários outros nomes o Paganismo é a mesma religião mística que emergiu na antiga babilônia há muitos anos atrás, mas qual a relação do paganismo com a Maçonaria?Então, para responder a essa pergunta, iremos por fatos, o ritual da maçonaria originou-se do paganismo egípcio e a razão para isso como podemos ver em 1717 os rituais de teologia foram reunidos e formalizados e criaram a grande loja na Inglaterra, havia varias lojas na Inglaterra e na Europa e naquele tempo eles tinham praticas diferentes, e essas praticas vieram de maçons especulativos que obviamente era o ecrucionismo, e seus membros acreditavam nas tradições egípcias, como podemos ver dentro da maçonaria encontramos Osíris, Adônis e Isis que são mencionados freqüentemente, então é claro que esses são os símbolos pagãos, um dos rituais usados nas lojas antes de 1717 e um pouco depois também era o ritual de iniciação com sangue neste momento o dedo mínimo era cortado e o sangue derramado e este era um novo membro fazendo uma aliança de sangue com a organização, outro ritual de iniciação também chamado de nível de aprendiz nesta cerimônia de iniciação parte de sua roupa é tirada uma venda colocada em seus olhos e uma corda em seu pescoço e vai ser trazido para a porta da loja, e ele vai ser trazido para a porta da loja, uma pessoa se aproxima dele e o conduz até lá dentro, então ele fica próximo ao altar e o mesmo maçon vai ficar atrás do altar e depois do altar está o venerável Mestre, então ele se ajoelha diante do mestre e o mestre da loja encosta uma espada de ponta afiada em seu peito esquerdo então, dando prosseguimento ao ritual eles fazem um juramento de sangue para não revelar os segredos da maçonaria.

Então é isso galera fique atento para a Parte 2, pois estarei revelando qual a relação da Maçonaria com religiões pagãs e outras coisas.

Pesquisa e edição de Texto: Janderson Shift


A Maçonaria

Então galera, mais uma matéria, mas não é uma matéria qualquer, é sobre a maçonaria, vai ser uma longa leitura, mas vale à pena, inicialmente o texto retrata o que a maçonaria é em termo global, posteriormente irei postar sobre o lado oculto dela que poucas pessoas sabem, sem mas, boa leitura.

A Maçonaria, Ordem Universal, é constituída por homens de todas as nacionalidades, acolhidos  por iniciação e congregados em Lojas,  nas quais, auxiliados por símbolos e alegorias, estudam  e trabalham para o aperfeiçoamento da Sociedade Humana.  É  fundada  no  Amor  Fraternal  e na esperança de que,com amor a Deus, à pátria, à família  e  ao  próximo,   com tolerância e sabedoria,  com a constante e livre investigação da Verdade, com a evolução do conhecimento humano pela filosofia, ciências e artes, sob a tríade da Liberdade, Igualdade  e Fraternidade e dentro dos  Princípios  da  Moral,  da  Razão e  da  Justiça,  o  mundo  alcance  a felicidade geral e a paz universal.

Desse enunciado deduz-se o seguinte:

I  – a Maçonaria proclama,  desde a sua origem,   a existência de um Princípio Criador, ao qual, em respeito a todas as religiões, denomina Grande Arquiteto do Universo;

II – a Maçonaria não impõe limites à investigação da verdade e, para garantir essa liberdade, exige de todos a maior tolerância;

III – a Maçonaria é acessível aos homens de todas as raças, classes e crenças,   quer religiosas quer políticas,   excetuando as que privem o homem da liberdade de consciência, da manifestação do pensamento, restrinjam os  direitos e a dignidade da pessoa humana e exijam submissão incondicional;

IV – a Maçonaria Simbólica compõe-se de três Graus universalmente reconhecidos e adotados: Aprendiz, Companheiro e Mestre;

V – a Maçonaria adota a Lenda do Terceiro Grau;

VI  –  a  Maçonaria além de  combater a ignorância em todas as suas modalidades,  constitui-se numa escola,  impondo-se o seguinte programa:

a) obedecer às leis democráticas do País;
b) viver segundo os ditames da honra;
c) praticar justiça;
d) amar o próximo;
d) trabalhar pelo progresso do homem;

VII – a Maçonaria proíbe discussão político-partidária e religioso-sectária em seus Templos;

VIII – a Maçonaria adota o Livro da Lei,  o Esquadro e o Compasso, considerados como suas Três Luzes Emblemáticas, que deverão estar sobre o Altar dos Juramentos.


A par dessa definição e  da declaração formal da  aceitação dos “Landmarks”, codificados por Albert Gallatin Mackey,  proclama, também, os seguintes princípios:

I – amar a Deus, a Pátria, a Família e a Humanidade;

II – praticar a beneficência, de modo discreto, sem humilhar;

III – praticar a solidariedade maçônica, nas causas justas, fortalecendo os laços de fraternidade;

IV – defender os direitos e as garantias individuais;

V – considerar o trabalho lícito e digno como dever do homem;

VI – exigir de seus membros boa reputação moral, cívica, social e familiar, pugnando pelo aperfeiçoamento dos costumes;

VII  –  exigir  tolerância para com toda forma de  manifestação  de      consciência, de religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam os de      conquistar a verdade, a moral, a paz e o bem social;

VIII – lutar pelo princípio da equidade, dando a cada um o que for justo, de acordo com sua capacidade, obras e méritos;

IX – combater o fanatismo, as paixões, o obscurantismo e os vícios.

Ainda segundo o Sereníssimo Grão-Mestre da GLUSA, Weber Varrasquim:

A Maçonaria é uma Instituição que se apresenta como Caritativa, não é contra nenhuma religião e reconhece Deus como o Ser Supremo, o Grande Arquiteto do Universo.

Sua origem data de 1175, quando pedreiros ingleses, no intuito de guardarem em segredo a forma das construções góticas que tomava conta da Inglaterra, se organizaram sob a proteção de São João Batista.

Eduardo VI terminou com a Fraternidade no ano de 1547, provocando a formação da Sociedade dos Pedreiros Livres. Abraçaram o Deísmo no século XVII e construíram o Templo da Humanidade em 1650.

Em 1713 teve início a Moderna Maçonaria em Londres, que tinha como finalidade espalhar o Deísmo, os preceitos naturais e unir os homens sem distinção religiosa.

Com a aceitação de ateus na sociedade pelo Grande Oriente de França, ocorreu o Grande Cisma da Maçonaria, nascendo então as duas primeiras Grandes Potências Maçônicas no Mundo, a francesa e a inglesa.

Até então, segundo sua constituição, somente poderiam fazer parte da sociedade aqueles que acreditassem em Deus e na imortalidade da alma.

Tal fato, gerou duas Maçonarias : a Inglesa, que é teísta e apolítica; e a Francesa, que admite ateus e é política.

A partir do nascimento destas Obediências Maçônicas, surgiu então o termo “irregular” e o tão solicitado “reconhecimento”, pois os Maçons do Grande Oriente de França e as Obediências ligadas a ele não reconhecem a Grande Loja Unida da Inglaterra e vice e versa.

Resta lembrar que tanto uma quanto a outra são regulares, apenas não se reconhecem entre si, o que torna o termo “irregular” sem efeito, pois os que são irregulares para uma determinada Obediência é regular para outra e os Maçons que não são reconhecidos por uns são extremamente reconhecidos por outros.

Edição: Janderson Shift


Aleister Crowley

Edward Alexander Crowley, ou melhor, Aleister Crowley, nascido em Lemington, Inglaterra, em 12 de outubro de 1875, falecido em Netherwood, Hastings, em 1 de dezembro de 1947, se não foi um dos maiores ocultistas do séc. XX, foi pelo menos um dos mais controvertidos.

Filho de Família puritana, foi criado na seita dos Irmãos de Plymouth. Desde cedo combateu o cristianismo, e em 1898 iniciou-se na Golden Dawn (Ordem Hermética da Aurora Dourada) que teria uma grande influência na sua vida e na sua obra, assim como na de seu secretário e discípulo Israel Regardie.

Com a morte da mãe, Crowley recebe como herança 40.000 libras. Dinheiro que financiaria as aventuras de sua vida; e quando o dinheiro se extinguiu, Crowley utilizou o dinheiro de diversos benfeitores, entre amigos, discípulos e amantes, que sustentariam seu luxo e suas exentricidades.

A Golden Dawn foi, em muitos aspectos, principal (e talvez o único) ramo do Rosacrucianismo nos últimos 15 anos do séc. XIX. Foi fundada por quatro membros da S.R.I.A. (Societas Rosicruciana in Anglia) – S. L. Mac Gregor Mathers, W. W. Westcott, Woodman e Woodford, segundo manuscritos vindos da Alemanha, fornecidos por uma tal Ana Sprengel. Desenvolveu-se em seu seio estudos aprofundados de Tarot e de Qabalah, assim como de magia.

A espinha dorsal da Golden Dawn era formada pelos ensinamentos mágicos herdados da Idade Média, Eliphas Levi, Francis Barret e John Dee, entre outros, além da mente brilhante de Mac Gregor Mathers que montou e organizou todos os rituais e graus da Ordem, chefiando-a inicialmente com os outros três, e mais tarde sozinho, até a dissolução da Ordem em 1900.

Mesmo após sua saída da Golden Dawn, Crowley continuou divulgar os conhecimentos que lá aprendera, seja na Astrum Argentum, ou na O.T.O. (Ordo Templi Orientis), ou mesmo nos volumes do Equinox.

Ao entrar na Golden Dawn, Crowley foi apadrinhado e instruído por Alan Bennet (Frater Iehi Aour). Assumiu o nome de Frater Perdurabo (Perdurável) e tornou-se amigo íntimo de Mac Gregor Mathers, a tal ponto que trocou seu nome pelo de Aleister Mac Gregor, querendo com isso indicar um possível laço familiar. Junto com Mathers combateu a W. Yeats, que pretendia (e mais tarde conseguiu) dividir o comando da Golden Dawn e assumir o Templo de Ísis Urânia, o principal de Londres.

A habilidade de Crowley para a magia e o ocultismo eram tais que em 1 ano, ele já dominara todos os chamados Graus Externos da Golden Dawn, causando inveja de outros membros, que recusavam-se a lhe aceitar nos Graus Internos da Ordem. O artifício de mudar o nome para Aleister Mac Gregor foi também um meio de franquear-lhe as portas para esses graus.

Aqui podemos adicionar o progresso feito por ele na Golden Dawn:

– Adeptus Minor 5º=6º Janeiro de 1900;
– Adeptus Major 6º=5º Abril de 1904;
– Adeptus Exemptus 7º=4º 1909;
– Magister Templi 8º=3º Dezembro de 1910;
– Magus 9º=2º Outubro de 1915.

Em 1905, porém, Crowley e Mathers se separaram de um modo não muito amigável. Em 1904, enquanto viajava pelo Egito com sua esposa (Rose Kelly), que tinha o dom da vidência, passam três dias (8, 9 e 10 de abril de 1904), ela ditando, e ele escrevendo, o seu evangelho, ditado pelo espírito de Aiwas (Segundo Crowley, ministro de Hoor-paar-Kraat, ou Harpócrates, pelos Gregos) conhecido pelo nome de “O Livro da Lei”.

Ainda em 1905, Crowley fundou a A:. A:. (Astrum Argentum), Ordem ocultista que segue os moldes da Golden Dawn, embora sem o mesmo sucesso.

A primeira menção feita ao Livro foi apenas em 1927 e sua primeira publicação em 1938, e os detratores de Crowley se utilizam deste argumento para dizer que ele buscava dar a obra uma antiguidade que não era real. Porém, a introdução original do Livro da Lei é assinada por O.M. e leva o selo da Golden Dawn (Aurora Dourada) e a firma ali corresponde a de Mac Gregor Mathers e nesta época Crowley ainda mantinha relações afins com a Ordem.

Em 1912 foi convidado por Teodore Reuss, Grão Mestre da O.T.O. desde 1905. A idéia inicial era que Crowley organizasse os Graus Superiores da Ordem e liderasse a Região da Irlanda, Iona e as Ilhas Britânicas. Crowley aceitou de bom grado, uma vez que a Astrum Argentum tinha poucos membros e a O.T.O. já possuía uma fama internacional, o que lhe permitiria atingir um número muito maior de pessoas com seu “evangelho da vontade e do amor”. Permaneceu na O.T.O. até 1921, quando houve uma ruptura na O.T.O., causada pela influência do Tantra Yoga (ou Magia Sexual) no 9º Grau da Ordem, que agradava a uns e desagradava a outros.

Entre 1938 e 1943, Crowley uniu-se a Lady Frieda Harris para corrigir e atualizar o Tarot Medieval. O trabalho que inicialmente deveria durar 3 meses, acabou se estendendo por 5 anos.

A primeira edição do Tarot de Crowley foi feita por Carr Collins e a sua Fundação do Santo Graal, apenas em preto e branco. Em 1969 um editor de livros de ocultismo lançaria a primeira edição em cores, mas de péssima qualidade. Apenas em 1979 é que o Tarot foi publicado com o padrão de qualidade requerido para um trabalho desta natureza.

Crowley faleceu em 01/12/1947, pobre e doente, enfraquecido por seus excessos com a bebida e drogas. Chamado pela imprensa de “O Homem Mais Perverso do Mundo”, deixou a todos os seus inimigos e admiradores “uma obra de imenso valor”, senão pelo conhecimento, talvez pelo esforço, de um homem que dedicou sua vida inteira ao estudo do oculto e da Magia. Crowley assumiu ao longo de sua vida, uma enorme quantidade de nomes e títulos que atribuía a si mesmo. Seguem abaixo alguns dos principais nomes por ele utilizados:

– Conde Vladimir Svareff;
– Master Therion;
– Príncipe Chioa Khan;
– Baphomet;
– Frater Perdurabo;
– Aleister Crowley;
– Aleister Mac Gregor;
– Lorde Boleskini.

Frases de Crowley

“Cada carta é, em determinado sentido, um ser vivo, e suas relações com as vizinhas são o que poderia-se chamar de diplomáticas. Ao estudante cabe a tarefa de incorporar estas pedras vivas a seu templo vivente” – O Livro de Toth.

“A Magia é a Arte ou a Ciência de causar mudanças com a Força de Vontade” – O Livro de Thoth.

“Há de se considerar a popularidade pueril do cinema, o rádio e os prognósticos esportivos; as competências da adivinhação e todas as invenções; úteis apenas para satisfazer aos caprichos de algumas crianças mal-criadas que carecem de vontade, de sentido e de propósito” – O Livro da Lei.

“Invoca-me sob as estrelas! O Amor é a Lei, o Amor antes do querer. Que nem os tontos equivoquem o Amor, porque há amor e Amor, existem a pomba e a serpente. Escolha Bem” – O Livro da Lei.

“A Lei é feita da tua vontade. A Lei é a do Amor, o amor sob tua vontade, não há mais a Lei; faça a tua Vontade” – O Livro da Lei.

“…A caligrafia do Livro deve ser firme, clara e bela. Na fumaça do incenso é difícil ler os conjuros. E enquanto tenta ler as palavras por entre a fumaça, ele desaparecerá, e terás de escrever aquela terrível palavra: Fracasso.

Mas não existe nem uma só folha do livro na qual não apareça esta palavra; mas enquanto é seguida por uma nova afirmação, ainda nem tudo está perdido, já que desta maneira no livro a palavra Fracasso perde toda a sua importância, da mesma maneira que a palavra êxito não deve ser empregada jamais, porque esta é a última palavra que deve-se escrever no livro, e é seguida por um ponto.

Este ponto não se deve escrever em nenhum outro lugar do livro; porque o escrever neste livro segue eternamente; não há forma de encerrar este diário até que haja alcançado a meta. Que cada página deste Livro esteja repleta de música, porque é um Livro de Encantamentos!”.

O homem mais perverso do mundo

Dentro do mundo do ocultismo, por vezes, ganharam renome especial pessoas que, pelos seus estudos e investigações, se destacaram em tão árido e enigmático campo. Noutras ocasiões foram os seus praticantes, os magos, os bruxos etc., que ganharam uma significativa popularidade, tanto pelos seus escândalos, como pela sua singular personalidade. Tal foi o caso do inglês Aleister Crowley, recordado no mundo da magia e do esotérico como um ser aberrante, ainda que dotado de um extraordinária talento para as Ciências Ocultas.

Crowley rompeu com todos os moldes ritualísticos então estabelecidos. Se, por um lado, procurou assimilar os conhecimentos clássicos mais diversos, por outro, não hesitou em melhorar tais práticas, introduzindo fórmulas novas e praticando a Magia Verde até níveis que raiavam a obsessão erótica. Foi muito criticado, atacado e caluniado, porém não perturbou. Inclusivamente, encontrava certo prazer em ser o alvo do ódio de uma sociedade que considerava caduca e atrasada. Isso ajudava, além disso, a realçar a sua enigmática figura de mago, posto que ele próprio tinha adoptado os nomes de “o homem mais perverso do mundo” e “a Grande Besta 666” (fazendo referência, com este número, ao Anticristo do Apocalipse).

Para compreender, em parte, a atuação e mentalidade desta mago que, apesar dos seus extravios, raiou o genial, penetrando nos planos mentais e mágicos, nos quais ninguém tinha ousado encontrar antes, há que recordar que nasceu em 12 de Outubro de 1875, o ano em que Helena P. Blavatsky e o seu companheiro, o coronel Olcott, fundavam, em Nova York, The Theosophical Society (A Sociedade Teosófica). E por aquela época achava-se em pleno auge o movimento espiritista em todo o mundo. As irmãos Fox assombravam com as suas experiências e as investigações de William Crookes sobre o espiritismo eram seguidas com grandes interesse pelo público, enquanto as seitas e as sociedades secretas abundavam por todas a parte e havia poucos meses que tinha falecido o francês Éliphas Lévi, autor de vários livros de magia, entre os quais se destaca Dogma e Ritual da Alta Magia.

Crowley veio ao mundo num período de enorme efervescência místico-esotérica, num momento em que a intensa inquietação pelo secreto e pelo oculto alcançava quotas muito elevadas. Abundavam as seitas revolucionárias, os textos teosóficos, os escritos sobre missas negras, os escândalos dos grupos espiritistas e a propagação de doutrinas orientais. Crowley escolheu este mundo e desprezou tão publicamente quanto pode o falso puritanismo que até então havia sido o espelho da sociedade inglesa e, em parte, ocidental. Nesse marco mágico-espiritual desenvolveu-se a personalidade de Crowley, rebelando-se contra todas as normas sociais e religiosas, até ao ponto de ele próprio acreditar ser “A Grande Besta”.

O verdadeiro nome deste singular mago era Edward Alexander Crowley e nascera em Leamington, Warwickhire (Inglaterra). Mas, em 1895, quando tinha vinte anos de idade, decidiu desligar-se do seu nome de origem, que considerava pouco menos que uma estupidez familiar, e adoptou o sobrenome de Aleister (na realidade de Alistair, a forma gaélica de Alexander), com o qual seria mundialmente conhecido.

No Verão de 1898, Crowley partiu para a Suíça, para fazer alpinismo, de que gostava tanto como de escrever poemas. Em Zermatt (Alpes suíços), conheceu um inglês chamado Julian L. Baker, estudioso dos fenómenos ocultistas. Ambos os homens tinham conhecimentos alquímicos e logo travaram uma forte amizade, unidos pelos seus conhecimentos esotéricos.

De regresso a Londres, Baker apresentou Aleister a um jovem químico chamado George Cecil Jones, que era membro da sociedade mágica denominada Hermetic Order of The Golden Dawn (Ordem Hermética da Alva Dourada). Esta nova amizade ia ser decisiva para o inquieto Aleister, pois através dela ia penetrar nos verdadeiros arcanos da magia.

Golden Dawn era uma sociedade secreta dedicada ao ensino da magia entre um grupo de pessoas selecionadas. Supunha-se que esta sociedade era depositária de segredos que se atribuíam a Hermes Trismegisto. Segundo parece, nas suas remotas origens era uma irmandade de rosacrucianos, que mais tarde derivou completamente para as práticas mais diversas. Cerca de 1850, com a morte de alguns dos seus membros mais notáveis, a sociedade pareceu eclipsar-se, mas cobrou novo alento na década dos 80.

Na sua primeira etapa, a Golden Dawn contou entre os seus sócios ocultistas tão famosos como Éliphas lévi, Ragon, Kenneth R. H. Mackenzie e Fred Hockley. E dos membros dessa segunda época há conhecidas e importantes como o poeta W. B. Yeats, o escritor de temas sobrenaturais, Algernon Blackwood, o literato do mundo do horror e do inexplicável, Arthur Machen, Bram Stocker (o criador literário de Drácula), a atriz Florence Farr, o ocultista Dion Fortune, Austin Osman Spare, Allan Bennett, Samuel Liddell MacGregor Mathers, William Wynn Westcoot e Sax Rohmer.

Em 1884, a sociedade entrou na posse de um misterioso manuscrito que foi decifrado por S.L.MacGregor Mathers que sucedeu a W.W.Westcott, uma autoridade da Cabal, como cabeça visível da Golden Dawn. Mathers traduziu e publicou em inglês As Chaves de Salomão e O Livro da Magia Sacra de Abra-Melin o Mago.

Foi nesta ordem que Aleister Crowley se iniciou na Alta Magia, começando a subir o fantástico, mas também penoso, caminho que o havia de conduzir ao ponto máximo do sobrenatural. Foi aceite como membro em 18 de Novembro de 1898, começando pelo grau zero, como Neophyte.

Tal como sucedia entre os maçons e rosacrucianos, na Golden Dawn havia várias graus de membros e os chefes eram secretos, embora existisse uma cabeça visível da Ordem. A graduação dos membros era a seguinte:

* Primeira ordem:

– Neophyte – grau zero;
– Zelator – 1.º grau;
– Theorius – 2.º grau;
– Practius – 3.º grau;
– Philosophus – 4.ºgrau.

* Segunda ordem:

– Minor – 5.º grau;
– Adeptus Major – 6.º grau;
– Adeptus Exemptus – 7.º grau.

Em dezembro do mesmo ano do seu ingresso, Crowley alcançou o grau de Zelator; depois obteve o de Theoricus e dois meses mais tarde o de Practius.

Em Maio de 1899 era já Philosophus, o que dá uma leve ideia da sua capacidade para assimilar conhecimentos mágicos, pelos quais sentia uma verdadeira obsessão, sobretudo sob o ponto de vista prático. Não havia ritual nem invocação que se não atrevesse a realizar, por muito perigoso e obsceno que o mesmo fosse, especialmente quando escalou os graus da Segunda ordem.

Disposto a cruzar todas as fronteiras humanas e da mente, pensando na “projecção astral”, tomou as mais exóticas drogas que, segundo a tradição mágica, “lhe podiam abrir as portas do mundo que se encontrava por trás do véu da matéria”. Usou o ópio, a cocaína, o haxixe… E em breve a sua existência de transformou numa série de êxtase, abominações, perversões mágico-sexuais e audácias, desafiando a opinião publica de todos os países que percorreu.

Uma guerra mágica

Na sua procura de novos segredos místicos ou mágicos, Crowley viajou, entre os anos de 1901 e 1902, pela Índia, Ceilão e Egipto. Com enorme quantidade de escritor e apontamentos, tirados dos mais raros grimórios, regressou à Inglaterra, isolando-se nas suas terras de Boleskine, próximo do lago Ness, na Escócia. Tinha ali erigido um templo em que realizava os rituais mágicos prescritos por Abramelin ou Abra-melin na sua Magia Sacra, e que eram imprescindíveis para entrar em contacto com os seres do plano astral ou espíritos superiores.

Pouco tempo mais tarde, quando tinha vinte e oito anos, contraiu matrimónio com uma viúva chamada Rose Kelly. O casal foi em viagem de núpcias a varias cidades europeias, atéue chegou ao Cairo. Uma vez ali, Aleister convenceu Rose a passar com ele uma noite na Câmara Real da Grande Pirâmide. Seguindo rituais ancestrais, evocaram o deus Thot; tiveram estranhas visões e Crowley saiu da Grande Pirâmide convencido que se encontrava no bom caminho para desenvolver os seus poderes mágicos..

O casal prosseguiu viagem até Ceilão, mas, em 1904, regressou ao Cairo, onde alugou um andar inteiro do Museu Boulak. Ali, Crowley realizou uma série de cerimonias magicas para invocar Thot o deus egípcio da magia. E, no meio de estranhas e surpreendentes circunstâncias, uma potência angélica, que dava pelo nome de Aiwass, ditou a Aleister “O Livro da Lei” (The Book of the Law) ou Liber Legis, no qual se prediz a destruição da civilização, tal como o conhecemos, e se proporciona um guia para formar a Nova Era.

Aleister considerava-se o ser eleito para ensinar o novo caminho, a força mágica que havia de servir de archote à nova civilização, mas o seu credo somente foi aceite por uma minoria, embora atualmente os acontecimentos pareçam dar-lhe razão.

Considerando que reunia maiores méritos que MacGregor Mathers para dirigir a Golden Dawn, deu os passos necessários para minar a personalidade daquele. Vendo a ambição de Crowley, Mathers utilizou todos os seus conhecimentos ocultistas para enfrentar o seu rival, e o resultado foi uma terrível guerra mágica entre os dois colossos do ocultismo inglês.

O orgulhoso Mathers depreciou totalmente as revelações feitas pelo Aiwass a Crowley e enviou-lhe, por meio de rituais de Magia Negra, uma série de demónios para o atacaram. Segundo parece, os ditos rituais demoníacos foram tirados por Mathers do livro de Abra-Melin.

O resultado foi que a ninhada de sabujos de Crowley morreu misteriosamente e o seu criado enlouqueceu, tentando matar Rose. Aleister, armado com um arpão de pescar salmões, conseguiu encerrar o demente no sótão, de onde foi retirado pela polícia.

Uma vez recomposto da surpresa desse ataque, Crowley passou à contra-ofensiva mágica. Evocou as forças guetianas, as potências malignas e os quarenta e nove servidores de Belzebu atacaram Mathers na sua residência de Montmarte (Paris). Este defendeu-se com as suas artes mágicas do furibundo ataques dos entes malignos, mas, embora tivesse ficado com vida, até à sua morte já não teve forças para continuar a lutar com “A Grande Besta”. S. L. MaGregor Mathers morreu, em 1918, sem ter feito nada de notável naqueles últimos anos. A sua saúde tinha ficado bastante abalada devido ao assalto das forças astrais e demoníacas postas em ação por Crowley. A direção da Golden Dawn passava inteiramente para as mãos de Aleister.

Rose, que era dotada do dom da clarividência, pode “presenciar” o ataque dos referidos entes malignos e descreveu-se a Crowley, que incluiu as descrições de alguns deles na sua obra The Scented Garden of Abdullah, the Satirist of Shiraz (“O Jardim de Abdullah, o Satírico de Shiraz”): Nimorup (espécie de anão de grande cabeça, longas orelhas e lábios a escorrer baba, de um verde bronzeado) e Nominon (uma espécie de grande e esponjosa medusa com uma mancha esverdeada e luminosa, como se se tratasse de uma obscena confusão).

Obras e malefícios de Crowley

Crowley praticou uma forma de magia ao estilo dos Vamacharis, seguidores da “Senda da Mão Esquerda”, que efetuavam os seus rituais com mulheres, pois estas pertencem à Lua, à esquerda, Crowley enriqueceu os rituais com práticas sexuais tântricas recolhidas nas suas viagens à India.

Foi tal a sua obsessão pela magia, que se pode dizer que, fora das suas invocações e evocações, Aleister não teve contatos com mulheres. Praticou com elas varios tipos de ritos sexuais; em alguns foi ajudado pela irmã Leila Bathurst, grande secretária geral da O.T.O., que foi a sua “mulher escarlate” (a mulher que encarnava a potência sexual criadora).

Aleister Crowley não só transmitiu uma nova seiva à Golden Dawn, como, em 1905, fundou a AA (Astrum Argentinum), associação cujo mágico pretendia formar profetas.

Crowley introduziu nos seus rituais mágicos algumas invocações gregas e egípcias combinadas com os princípios do yoga. Proclamava que cada pessoa era uma estrela e que o supremo objetivo do oficiante devia ser “transpor o abismo”. Sempre defendeu os rituais com poucas pessoas e dizia que aquele que desejasse conhecer a magia devia investigar e experimentar a sós. Afirmava que as “forças ocultas” só inspiravam individualmente profetas, não multidões.

Os ritos dos antigos egípcios e gregos tiveram grande preponderância na magia de Crowley que pretendia ser a reencarnação do sacerdote tebano Ankn-f-n-Khonsu, que viveu durante a XXVI dinastia.

Partidário da reencarnação, Crowley dizia ter tido revelações das suas antigas vidas. Assim, segundo confessa no seu diário The magical record of the Beast 666 (O Registo Mágico da Besta 666), tinha sido, o sábio chinês Ko Hsuan (um discípulos de Lao-Tzé), o Papa Alexandre VI, o conde de Cagliostro, o doutor Jonh Dee, Éliphas Lévi… Como Lévi, cujo verdadeiro nome era Alphonse Louis Constant, havia morrido seis meses antes do seu nascimento, Crowley afirmava que o espírito daquele tinha entrado no seio materno no terceiro mês da gestação.

No que refere a Jonh Dee (1527-1608), pelo qual Aleister Crowley teve uma atração especial, seguindo muitos dos seus rituais, foi um famoso astrólogo, matemático e alquimista da corte de Isabel I de Inglaterra. Um dos livros mais curiosos que deixou escrito foi A True & Faithful Relation (Uma Relação Fiel e Verdadeira), que trata dos espíritos e das aparições, publicada em Londres em 1659.

Para as suas predições, Crowley utilizava muitos dos métodos mágicos de Jonh Dee e do seu colaborador Edward kelly, médium e profeta que predisse o trágico final de Maria Stuart e o desastre da Invencível Armada, que a Espanha enviou para a Inglaterra.

É evidente que Crowley misturava os seus rituais secretos antigos com práticas satânicas, muitas das quais não foram tornadas públicas por os seus herdeiros considerarem que o público ainda não está preparado para as compreender. Atribuem-lhe mesmo missas satânicas em que se sacrificavam seres humanos. A informação fidedigna de que dispomos dá a entender que Crowley chegou a realizar algo parecido a uma missa diabólica, tanto pelos seus atos sexuais como pelos animais que sacrificava.

Durante a primavera de 1910, este, obcecado pelo oculto, realizou um extraordinário ritual em invocou Bartzabel, o espírito de Marte, para que viesse em seu auxílio e o ajudasse para que o mundo reconhecesse o seu talento e o seu poder mágico. Na cerimónia foi assistido pela violinista australiana Leila Waddell, a sua “mulher escarlate”, durante algum tempo, que também era conhecida por “Laylah” ou irmã Cibeles.

Após um romance com Mary d’Esté Sturges, companheira de Isadora Duncan, Aleister voltou para a sua “mulher escarlate”, ideal para realizar rituais sexuais. Juntos foram a Moscovo (1913), para publicamente apresentarem algumas das suas cerimónias esotéricas.

Ao rebentar a primeira Guerra mundial, Crowley partiu para os Estados Unidos, entrando em contato com vários sociedades ocultistas e fundando diversos templos. Os seus rituais depravados começaram a levantar algumas polemicas e a figura da “Grande Besta” adquiriu certa fama. O importante para ele era obter o conhecimento daquilo a que chamava Santo Anjo Guardião, yoga perfeito ou união da alma com o seu secreto manancial. E considerava que o tinha conseguido: para a posteridade deixava O Livro da lei, ditado por Aiwass.

As obras de Crowley, sobretudo The Magical Record of the Beast 666 (O Registo Mágico da Besta 666) e The Magic in Theory and Practique (A Magia na teoria e na Prática) refletem essa inquietude na procura do inacessível, de modo semelhante àquele por que os antigos alquimistas procuravam o elixir da eterna juventude. Cita inúmeros exemplos práticos mágico-sexuais: para criar energia mágica na união homem-mulher, para consagrar os talismãs com rituais autocráticos, para revitalizar o corpo, para materializar os objectos desejados…

O fim de “A Grande besta”

Com o nome de Thelema (o país em que Gargantua, a personagem criada por Rabelais, constrói a sua fantástica abadia), Aleister Crowley fundou em Cefalú (Sicília), uma abadia mágica (1920), na qual realizou os rituais mais singulares, fantásticos e depravados, com as suas seguidoras. Mas as orgias “sagradas” que se celebravam em Thelema, com consumo de drogas para obter a libertação, para facilitar a viagem astral, não duraram muito. Várias das “irmãs” tiveram de ser hospitalizadas e, em 1923, o governo italiano expulsou Crowley, fechando a abadia ocultista, na qual se tinha intentado penetrar nos arcanos das forças astrais sem considerar meios nem barreiras morais de qualquer espécie.

Crowley morreu de uma degeneração miocardíaca com complicação de bronquite cronica na noite de 1 Dezembro de 1947, em Hastings, com 72 anos. A “irmã” Tzaba, que o assistiu nos momentos cruciais ao passar a grande barreira, recolheu as suas últimas palavras, que foram: “Estou perplexo…”.

Na quinta-feira, 5 de Dezembro de 1945, os restos do ousado ocultista inglês foram incinerados no crematório de Brighton. Estiveram presentes no funeral alguns dos seus amigos, discípulos e admiradores: Gilbert Bayley, “irmãs” Tzaba e Ilyarun, “irmãos” Volo Intelligere e Aossic, o poeta Kenneth Hopkings…

No final de cerimónia fúnebre na capela do crematório, os seus seguidores entoavam o orgiástico Hino a Pã, escrito pelo próprio Crowley, seguido do Réquiem Gnóstico. O ato levantou os protestos da câmara municipal de Brighton e o responsável do crematória viu-se obrigado a desculpar-se pelo sucedido, prometendo que se tomariam medidas para que no futuro não se voltassem a repetir incidentes daquela natureza.

Como epitáfio, perante o seu túmulo, alguns dos seus fervorosos discípulos cantaram o Hino a Satã, de Carducci, e celebraram uma espécie de missa negra.

As cinzas do corpo físico de Crowley ficaram na terra, na urna do mago, mas o seu espirito, metamorfoseado em ideias e rituais graças às revelações do demônio Aiwass, embora continue a perdurar nas suas obras e entre os seus seguidores, que não são poucos, que continuam a invocar, por meios mágicos, as forças astrais por ele identificadas e tipificadas: as forças ocultas que se encontram por trás do pano de fundo da aparência real do mundo.

Fonte: Félix Llaugé e Magic(k).